O kaiila de guerra, abaixando nas suas pernas posteriores, suas garras, contudo, protegidas, se arremessou contra o outro animal, seus agarrados pés traseiros empurrando com uma explosão de areia para longe do chão; o longo pescoço dardejou para frente, a longa, graciosa cabeça, suas presas das mandíbulas serradas com couro, atingiu o homem montado na outra besta. Ele empurrou para longe as mandíbulas com o escudo e, abaixando nos estribos da sua alta sela, me golpeou com a lâmina curva embainhada em couro. Eu me virei para atacar com minha própria lâmina embainhada, ela também na leve, ornamentada bainha de exercício.
Os kaiila, ambos, com a rapidez, a agilidade de gatos, giraram, meio que se agachando, gritando em frustração, e novamente arremeteram um contra o outro. Com a leve rédea eu puxei meu kaiila para a esquerda quando nos passamos um pelo outro e o homem, tentando me alcançar, assustado, perdeu o equilíbrio. Com um abrangente corte para trás a lâmina embainhada o atingiu, enquanto ele se pendurava na sela, na parte de trás do pescoço.
Ele passou por mim e girou o seu kaiila, então se empurrou para cima rápido, de volta para suas ancas na areia.
Eu me preparei para outra passagem.
Por dez dias nós treinamos, por dez horas Goreanas por dia. Das últimas quarenta passagens, outo haviam sido divididas, nenhum sangue julgado derramado. Em trinta e duas, eu havia sido considerado vitorioso, dezenove vezes por um corte mortal.
Ele puxou o seu véu de areia, amarelo, de seu rosto escuro, abaixo de sua garganta. Ele empurrou seu burnoose para trás, mais para cima dos seus ombros. Ele era Harif, tido como a melhor lâmina em Tor.
“Traga sal,” ele disse ao juiz.
O juiz gesticulou para um garoto, que trouxe para ele um pequeno prato de sal.
O guerreiro escorregou de sua sela e, em pé, se aproximou de mim.
Eu permaneci montado.
“Corte o couro das mandíbulas do seu kaiila,” disse ele. Então ele gesticulou para o garoto, para que o garoto removesse as proteções das garras da besta. Ele fez isso, cuidadosamente, a besta se movendo, nervosa, se deslocando na areia.
Eu descartei a bainha de exercício e, com a lâmina nua, parti o couro que havia protegido as mandíbulas do kaiila. O couro se pulou da lâmina. Seda, caiu sob a cimitarra do Tahari, dividida, cai livre, flutuando, no chão. A besta empinou, suas garras varrendo o ar, e jogou sua cabeça para trás, mordendo para o sol.
Eu levantei a curvada lâmina da cimitarra. Ela brilhou. Eu a embainhei e escorreguei da sela, dando a rédea da montaria para o garoto.
Eu encarei o guerreiro.
“Monte livre,” ele disse.
“Eu irei,” eu disse.
“Eu não posso lhe ensinar nada mais,” ele disse.
Eu fiquei em silêncio.
“Que exista sal entre nós,” ele disse.
“Que exista sal entre nós,” eu disse.
Ele colocou sal do pequeno prato nas costas do seu pulso direito. Ele olhou para mim. Seus olhos estavam estreitos. “Eu confio,” disse ele “que você não tenha zombado de mim.”
“Não,” eu disse.
“Na sua mão,” ele disse, “o aço é vivo como um pássaro.”
O juiz acenou a cabeça assentindo. Os olhos do garoto brilharam. Ele ficou para trás.
“Eu nunca vi isso, nessa extensão, em outro homem.” Ele me olhou. “Quem é você? Ele perguntou.
Eu coloquei sal nas costas do meu pulso direito. “Alguém que compartilha sal com você,” eu disse.
“É o suficiente,” ele disse.
Eu toquei a minha língua no sal no suor de seu pulso direito e ele tocou a língua dele no sal no meu pulso direito. “Nós compartilhamos sal,” ele disse.
Ele então colocou na minha mão o disco tarn de ouro, de Ar, com o qual eu havia comprado a minha instrução.
“É seu,” eu disse.
“Como pode ser?” Ele perguntou.
“Eu não compreendo,” eu disse.
Ele sorriu. “Nós compartilhamos sal,” ele disse.
The war kaiila, rearing on its hind legs, its claws, however, sheathed, lunged at the other animal, its clawed back feet thrusting with an explosion of sand away from the ground; the long neck darted forward, the long, graceful head, its fanged jaws bound shut with leather, struck at the man astride the other beast. He thrust the jaws away with the buckler, and, rearing in the stirrups of his high saddle, slashed at me with the leather-sheathed, curved blade. I turned the stroke with my own sheathed blade, it, too, in the light, ornamented exercise sheath.
The kaiila, both of them, with the swiftness, the agility of cats, spun, half crouching, squealing in frustration, and again lunged toward one another. With the light rein I pulled my kaiila to the left as we passed, and the man, trying to reach me, was, startled, off balance. With a backward sweeping cut the sheathed blade struck him, as he hung from his saddle, on the back of the neck.
He swept past me and spun his kaiila, then jerked it up short, back on its haunches in the sand.
I readied myself for another passage.
For ten days had we trained, for ten Gorean hours a day. Of the past forty passages eight had been divided, no blood adjudged drawn. In thirty-two I had been adjudged victorious, nineteen times to the death cut.
He pulled his sand veil, yellow, from his dark face, down about his throat. He thrust his burnoose back further over his shoulders. He was Harif, said to be the finest blade in Tor.
"Bring salt," he said to the judge.
The judge gestured to a boy, who brought him a small dish of salt.
The warrior slipped from his saddle, and, on foot, approached me.
I remained mounted.
"Cut the leather from the jaws of your kaiila," said he. Then he gestured to the boy, that the boy should remove the claw sheaths of the beast. He did so, carefully, the beast moving, nervous, shifting in the sand.
I discarded the exercise sheath, and, with the bared blade, parted the leather that had bound the jaws of the kaiila. The leather sprang from the blade. Silk, dropped upon the scimitar of the Tahari, divided, falls free, floating, to the floor. The beast reared, its claws raking the air, and threw back its head, biting at the sun.
I lifted the curved blade of the scimitar. It flashed. I sheathed it, and slipped from the saddle, giving the rein of the mount to the boy.
I faced the warrior.
"Ride free," he said.
"I will, "I said.
"I can teach you nothing more," he said.
I was silent.
"Let there be salt between us," he said.
"Let there be salt between us," I said.
He placed salt from the small dish on the back of his right wrist. He looked at me. His eyes were narrow. "I trust," said he, "you have not made jest of me."
"No," I said.
"In your hand," he said, "steel is alive, like a bird."
The judge nodded assent. The boy's eyes shone. He stood back.
"I have never seen this, to this extent, in another man." He looked at me. "Who are you?" he asked.
I placed salt on the back of my right wrist. "One who shares salt with you," I said.
"It is enough," he said.
I touched my tongue to the salt in the sweat of his right wrist, and he touched his tongue to the salt on my right wrist. "We have shared salt," he said.
He then placed in my hand the golden tarn disk, of Ar, with which I had purchased my instruction.
"It is yours," I said.
"How can that be?" he asked.
"I do not understand," I said.
He smiled. "We have shared salt," he said.
Tribos de Gor – Capítulo 2 – Páginas 91 / 93