Em uma subida, empurrando para trás o burnoose, eu fiquei de pé nos meus estribos e olhei para baixo. Eu vi o fim da caravana a mais de um pasang de distância. Ela serpenteava, lentamente, graciosamente, através das colinas. Bem no final vinha um homem em um único kaiila. De tempos em tempos ele desmontava, recolhendo pelos de kailla perdidos e os atirando em bolsas na sua sela. O kailla, diferentemente do verr e do hurt, nunca é tosquiado. Quando ele perde seu pelo, contudo, o pelo pode ser recolhido e, dependendo do pelo, vários tecidos podem ser feitos dele. Há um macio, fino pelo, o mais valorizado, que cresce na barriga do animal; já um pelo de sub revestimento, macio e mais grosseiro, que é usado na maioria dos tecidos; e há os longos pelos externos. Esses, embora ainda macios e flexíveis são, comparativamente, os mais grosseiros. Os pelos dessa cobertura são usados principalmente para corda e tecido de tenda.
On a rise, pushing back the burnoose, I stood in my stirrups and looked back. I saw the end of the caravan, more than a pasang away. It wound, slowly, gracefully, through the hills. At its very end came a man on a single kaiila. From time to time, he dismounted, gathering shed kaiila hair and thrusting it in bags at his saddle. The kaiila, unlike the verr and hurt, is never sheared. When it sheds its hair, however, the hair may be gathered, and, depending on the hair, various cloths can be made from it. There is a soft, fine hair, the most prized, which grows on the belly of the animal; there is an undercoating of hair, soft but coarser, which is used for most cloth; and there are the long, outer hairs. These, though still soft and pliant, are, comparatively, the most coarse. The hairs of this coat are used primarily for rope and tent cloth.
Tribos de Gor – Capítulo 4 – Página 113
O kaiila da areia, ou kaiila do deserto, é um kaiila e possui similaridade, mas não é identicamente o mesmo animal que é nativo, doméstico e selvagem, das latitudes médias do hemisfério sul de Gor; o animal, usado como montaria dos Povos do Vagão, não é encontrado no hemisfério norte de Gor; há obviamente uma afinidade filogênica entre as duas variedades, ou espécies; eu conjecturo, embora eu não saiba, que o kaiila da areia é uma mutação adaptada para o deserto do grupo subequatorial; ambos os animais são imponentes, orgulhosas, sedosas criaturas, de longo pescoço e suave marcha; ambos são triplamente cobertos, a terceira cobertura sendo uma membrana transparente, de grande utilidade nas explosões de secas tempestades nas planícies do sul ou no Tahari; ambas as criaturas são comparáveis em tamanho, variando entre uns vinte a vinte e dois palmos a partir do ombro; ambos são rápidos; ambos tem incrível energia; sob condições ideais ambos podem alcançar seiscentos pasangs em um dia; no território das dunas, é claro, nas pesadas, deslizantes areias, uma marcha de cinquenta pasangs é considerada boa; ambos, também, eu poderia mencionar, são animais de temperamento violento; no pelo, o kaiila o sul varia de um intenso dourado ao preto; os kaiila da areia, por outro lado, são quase todos acobreados, embora eu tenha visto kaiila de areia pretos; diferenças, algumas delas marcantes e importantes, contudo, existem entre os animais; mais notavelmente, talvez, o kaiila da areia amamenta o seu filhote; o kaiila do sul é vivíparo, mas o filhote, dentro de horas depois de seu nascimento caça por instinto; a mãe dá à luz o filhote nas proximidades de uma presa; apesar de existirem presas no Tahari, pássaros, pequenos mamíferos e ocasionais sleen da areia, e algumas espécies de tabuk, isso é raro; a amamentação do filhote no kaiila da areia é um valioso atributo na sobrevivência do animal; o leite de kaiila, que é usado como o leite de verr pelos povos do Tahari, é avermelhado e tem um forte sabor salgado; ele contém muito sulfato de ferro; uma diferença similar entre os dois animais, ou dois tipos de kaiila, é que o kaiila da areia é onívoro, enquanto que o kaiila do sul é estritamente carnívoro; ambos têm tecidos de armazenamento; se necessário, ambos podem passar vários dias sem água; o kaiila do sul, além disso, contudo, tem um armazenamento no estômago, e pode passar vários dias sem carne; o kaiila da areia, infelizmente, deve se alimentar mais frequentemente; alguns animais de carga em uma caravana são usados para carregar forragem; tudo que é necessário e não está disponível na rota deve ser carregado; algumas vezes, com um pastor montado, os kaiila de caravana são soltos para caçar tabuk; uma diferença mais trivial entre o kaiila da areia e o kaiila do sul é que as patas do kaiila da areia são muito maiores, os dedos mesmo tecidos com fibras endurecidas, e fortemente acolchoadas, do que aqueles de sua contraparte do sul.
The sand kaiila, or desert kaiila, is a kaiila, and handles similarly, but it is not identically the same animal which is indigenous, domestic and wild, in the middle latitudes of Gor's southern hemisphere; that animal, used as a mount by the Wagon Peoples, is not found in the northern hemisphere of Gor; there is obviously a phylogenetic affinity between the two varieties, or species; I conjecture, though I do not know, that the sand kaiila is a desert-adapted mutation of the subequatorial stock; both animals are lofty, proud, silken creatures, long-necked and smooth-gaited; both are triply lidded, the third lid being a transparent membrane, of great utility in the blasts of the dry storms of the southern plains or the Tahari; both creatures are comparable in size, ranging from some twenty to twenty-two hands at the shoulder; both are swift; both have incredible stamina; under ideal conditions both can range six hundred pasangs in a day; in the dune country, of course, in the heavy, sliding sands, a march of fifty pasangs is considered good; both, too, I might mention, are high-strung, vicious-tempered animals; in pelt the southern kaiila ranges from a rich gold to black; the sand kaiila, on the other hand, are almost all tawny, though I have seen black sand kaiila; differences, some of them striking and important, however, exist between the animals; most notably, perhaps, the sand kaiila suckles its young; the southern kaiila are viviparous, but the young, within hours after birth, hunt, by instinct; the mother delivers the young in the vicinity of game; whereas there is game in the Tahari, birds, small mammals, an occasional sand sleen, and some species of tabuk, it is rare; the suckling of the young in the sand kaiila is a valuable trait in the survival of the animal; kaiila milk, which is used, like verr milk, by the peoples of the Tahari, is reddish, and has a strong, salty taste; it contains much ferrous sulphate; a similar difference between the two animals, or two sorts of kaiila, is that the sand kaiila is omnivorous, whereas the southern kaiila is strictly carnivorous; both have storage tissues; if necessary, both can go several days without water; the southern kaiila also, however, has a storage stomach, and can go several days without meat; the sand kaiila, unfortunately, must feed more frequently: some of the pack animals in a caravan are used in carrying fodder; whatever is needed, and is not available enroute, must be carried; sometimes, with a mounted herdsman, caravan kaiila are released to hunt tabuk; a more trivial difference between the sand kaiila and the southern kaiila is that the paws of the sand kaiila are much broader, the digits even webbed with leathery fibers, and heavily padded, than those of its southern counterpart.
Tribos de Gor – Capítulo 4 – Páginas 108 / 109