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REFERÊNCIAS GOREANAS

Casta dos Assassinos (Continuação)

 

Nenhum dos recém-chegados falou, já que a sua natureza é silenciosa. Eles fazem quieta e rapidamente o que vieram fazer. Em tais situações falar é desnecessário e algumas vezes perigoso, já que isso custa tempo. Um instante de indulgência, ou esperta presunção pode custar a vida de alguém. Existem códigos de casta referentes a tais assuntos.

Essa não era uma típica caçada, eu presumi, onde a túnica é usada abertamente, o sinal estampado publicamente acima das sobrancelhas, a presa indefesa, encurralada, tão vulnerável quanto um vulo.

As capas se abriram e duas bestas, juntas, as setas colocadas, foram suavemente, rapidamente levantadas.

Neither of the newcomers spoke, for their kind is efficient. They do quietly, and swiftly, what they have come to do. In such situations speaking is unnecessary, and sometimes dangerous, as it costs time. A moment of indulgence, of clever vanity, can cost one one's life. There are caste codes pertaining to such matters.

This was not a typical hunt, I gathered, in which the tunic is worn openly, the sign emblazoned publicly upon the brow, the prey helpless, cornered, as vulnerable as a vulo.

The cloaks parted and two crossbows, together, the quarrels set, were smoothly, swiftly raised.

Marinheiros de Gor – Livro 30 – Página 4

 

“Você viu?” Perguntou o homem do taverneiro. “Eles usavam a adaga.”

 

“Sim,” disse um sujeito.

Aquilo havia ficado obvio apenas quando os capuzes haviam sido desordenados no ataque ao estranho. Quando caçando, é comum para os membros da casta negra, a Casta dos Assassinos, pintar uma adaga negra nas suas testas.

"Did you see?" asked the taverner's man. "They wore the dagger."

"Yes," said a fellow.

That had been obvious only when the hoods had been disarranged in the stranger's attack. When hunting, it is common for members of the black caste, the Caste of Assassins, to paint a black dagger on their forehead.

Marinheiros de Gor – Livro 30 – Página 5

 

Eles não são da casta escarlate. Tais homens, ao menos, como os Assassinos, são provavelmente do tipo que mata rapidamente e de forma limpa.

 

They are of the scarlet caste. Such men, at the least, like the Assassins, are likely to kill quickly, and cleanly.

 

Marinheiros de Gor – Livro 30 – Página 102

 

Ele escorregou a bainha do seu ombro esquerdo e, a agarrando, puxou sua espada, facilmente, casualmente. Não se fez nenhum som, já que a bainha era revestida. Isso não é incomum na bainha da arma de um Assassino, permitindo retirar a arma sem nenhum ruído.

He slipped the sheath from his left shoulder, and, grasping it, drew his blade, easily, casually. It made no sound, as the sheath was lined. This is not uncommon with the sheath of an Assassin's weapon, this permitting the weapon's noiseless departure.

Marinheiros de Gor – Livro 30 – Página 103

 

“Um desafio foi lançado,” disse Seremides. “Eu não aceito sua rejeição. Esse é o meu direito.”

 

“Um direito de Assassino,” eu disse.

"A challenge has been issued," said Seremides. "I do not accept its rejection. That is my right."

 

"An Assassin's right," I said.

Marinheiros de Gor – Livro 30 – Página 108

 

“Você acha que ele seja um espião, ou um Assassino?” Eu disse.

“Muito provavelmente,” disse Cabot.

“Por que?” Eu perguntei.

“Talvez, eu acho que ele ficaria bem em negro,” disse Cabot.

Eu não respondi.

Eu examinei os aposentos dele,” disse Cabot. “Eu descobri um pequeno pincel e um pequeno frasco de tinta preta.”

“Para pintar a adaga,” eu disse.

“Parece que sim,” ele disse.

“Então,” disse eu, “ele é dos Assassinos.”

"You think he is a spy, or an Assassin?" I said.

"Quite possibly," said Cabot.

"Why?" I asked.

"Perhaps I think he would look well in black," said Cabot.

I did not respond.

"I examined his quarters," said Cabot. "I discovered a small brush, and a tiny vial of black paint."

 

"To paint the dagger," I said.

"It would seem so," he said.

"Then," said I, "he is of the Assassins."

Marinheiros de Gor – Livro 30 – Página 204

 

Iniciados,

. . .

Assassinos buscavam a benção deles.

Initiates,

. . .

Assassins sought their blessing.

Marinheiros de Gor – Livro 30 – Página 300

 

“Meus homens,” disse o capitão, “Foram à Corte dos Assassinos em Brundisium. Dois haviam sido contratados, mas eles não informaram.”

 

“Nem irão,” disse o estranho.

 

“Isso é sabido por mim,” disse o capitão. “Seus corpos foram arrastados para a praia.”

 

“Você está em perigo,” eu disse para o estrangeiro. “Os Assassinos irão vir para vingar os seus.”

 

“Não,” disse o capitão, “ao menos não aqueles da Corte de Brundisium, a menos que mais moeda seja oferecida. Vendeta não é o costume deles. Aqueles sujeitos receberam pagamento e falharam em merecê-lo.

Eles não devem ser vingados. Eles falharam. Eles cairam em descraça. Eles não são mais da Corte.”

 

“Cineas,” disse o estrangeiro, “pode nem mesmo saber que eles falharam.”

“Ele deve saber,” eu disse.

“Em qualquer caso,” disse o capitão, “ meus homens, entre os quais está Tatsu, talvez conhecido por Callias, já que ele estava no grande navio, arranjaram certos assuntos com a Corte dos Assassinos.”

“Eu o conheço,” disse o estrangeiro.

“Que assuntos?” Eu perguntei ao capitão.

“Dois da casta negra foram contatados para procurar Cineas e matá-lo,” disse o capitão. “Eu não acho que eles já o tenham encontrado.”

“Qual foi o pagamento?” Perguntou o estrangeiro.

“Um tarsk de prata para cada,” disse o capitão.

"My men," said the captain, "went to the Court of Assassins in Brundisium. Two had been hired, but they did not report back."

"Nor will they," said the stranger.

"That is known to me," said the captain. "Their bodies were washed ashore."

"You are in danger," I said to the stranger. "The Assassins will come to avenge their own."

"No," said the captain, "at least not those of the Court of Brundisium, unless more coin is put forth. Vendetta is not their way. Their fellows took fee and failed to earn it. They are not to be avenged. They failed. They are disgraced. They are no longer of the Court."

"Cineas," said the stranger, "may not even know they failed."

"He must know," I said.

"In any event," said the captain, "my men, amongst whom is Tatsu, perhaps known to Callias, for he was on the great ship, arranged certain matters with the Court of Assassins."

"I know him," said the stranger.

"What matters?" I asked the captain.

"Two of the black caste were hired to seek out Cineas, and slay him," said the captain. "I do not think they have yet found him."

"What was the fee?" asked the stranger.

"A silver tarsk, each," said the captain.

Marinheiros de Gor – Livro 30 – Páginas 501 / 502

 

“Assassinos agora procuram Cineas?” Disse o estrangeiro.

“A adaga foi pintada,” disse o capitão. “Investigações estão sendo feitas.”

"Assassins now seek Cineas?" said the stranger.

"The dagger has been painted," said the captain. "Inquiries are being made."

Marinheiros de Gor – Livro 30 – Páginas 502 / 503

 

“Quando alguém percebe,” disse o estrangeiro, “que está sendo procurado pela casta negra, é frequentemente muito tarde.”

"When one learns that," said the stranger, "that one is sought, by the black caste, it is often too late."

 

Marinheiros de Gor – Livro 30 – Página 503

 

Os dois sujeitos nas rotas vestimentas haviam agora se aproximado, seus talmits não mais enrolados nas suas testas. Eu vi em cada testa uma marca simples, o sinal da adaga negra. Um deles rolou o seu corpo e olhou para o estranho.

 

“Você o matou,” disse o homem, se endireitando.

 

O estranho encolheu os ombros.

 

“Portanto,” disse o homem, “o assassinato é seu.”

 

Cada um dos homens, então, de suas bolsas, removeu um tarsk de prata e o colocou na mão do estranho.

 

“Eu não quero dinheiro algum por esse sangue,” disse o estranho. “Eu, ao invés disso, preferiria que ele tivesse chegado ao portão e fugido da cidade.”

 

“Ainda assim,” disse um dos sujeitos, “o assassinato é seu.”

 

“Considere-o de vocês,” disse o estranho, “já que vocês o trouxeram para a minha espada.”

Os dois membros da Corte Negra de Brundisium se entreolharam.

 

“Suponham que,” disse o estranho, “alguém com medo de vocês, temendo ser descoberto a cada dia, pouco disposto a aceitar tal desgraça por mais tempo, ou para frustrar vocês, se jogue sobre a própria espada ou, na fuga, se afogue, ou caia de algum penhasco, não seria o assassinato de vocês?”

 

“Seria,” disse um dos sujeitos, “e o pagamento deveria ser mantido.”

 

“Mantenha-o então,” disse o estranho e devolve as duas moedas, primeiro uma, depois a outra.

 

Cada um retornou a moeda para a sua própria bolsa e então limpou da testa a adaga.

Mais de um homem então respirou mais facilmente, já que aqueles da Corte Negra não mais usavam a adaga.

 

The two fellows in shabby garments had now approached, the talmits no longer bound about their foreheads. I saw on each forehead the simple mark, the sign of the black dagger. One of them rolled the body over, and then looked to the stranger.

 

"You have killed him," said the man, straightening up.

 

The stranger shrugged.

 

"Therefore," said the man, "the killing is yours."

 

Each of the men then, from their purse, removed a silver tarsk, and placed it in the hand of the stranger.

 

"I want no money for his blood," said the stranger. "I would rather he had found the gate, and fled the city."

 

"Still," said one of the fellows, "the killing is yours."

 

"Consider it yours," said the stranger, "as you hurried him onto my sword."

 

The two members of the Black Court of Brundisium regarded one another.

"Suppose," said the stranger, "one in fear of you, dreading discovery each day, unwilling to accept such misery longer, or to frustrate you, put himself upon his own sword, or, in fleeing, drowned, or fell from some cliff, would the killing not be yours?"

"It would," said one of the fellows, "and the fee might be kept."

"Keep it then," said the stranger, and returned the two coins, first one, and then the other.

Each returned the coin to his own purse, and then wiped from his forehead the dagger.

More than one man breathed then more easily, for those of the Black Court no longer wore the dagger.

Marinheiros de Gor – Livro 30 – Páginas 508 / 509

 

“Se existe uma preocupação aqui,” disse um homem, “é em relação à questão entre você e a Corte Negra.”

 

Eu vi que isso não agradou muito a Demetrion. Os negócios da Corte Negra não eram algo onde os homens interferiam levianamente. Em muitos casos até mesmo não se estava seguro de quem era ou não era da casta negra. Eu recordei, de uma narrativa de um estranho, que alguma evidência havia sugerido que Tyrtaios, que pode ter muito a ver com a deserção intentada, e que havia desaparecido do castelo de Lorde Temmu, poderia ser dos Assassinos.

"If there is a concern here," said a man, "it is to be taken up as a matter between you and the Black Court."

I saw that this did not much please Demetrion. The business of the Black Court was not one in which men lightly dabbled. In many cases one was not even sure who was, and who was not, a member of the black caste. I recalled, from the tale of the stranger, that some evidence had suggested that Tyrtaios, who may have had much to do with the attempted desertion, and who had disappeared from the castle of Lord Temmu, might be of the Assassins.

Marinheiros de Gor – Livro 30 – Páginas 510 / 51

 

Assassinos não são ofuscados por sonhos. Eles não sacam as suas armas irresponsavelmente, ilegitimamente, bêbados, ou com raiva. Eles consideram questões, esperam o seu tempo e, quando prontos, pintam a adaga. Eles não matam por ideais, ou sonhos. Eles matam por moeda.

Assassins are not blinded by dreams. They do not draw their weapons irresponsibly, in righteousness, in drunkenness, in rage. They consider matters, bide their time, and, when ready, paint the dagger. They do not kill for ideals, or dreams. They kill for coin.

Contrabandistas de Gor – Livro 32 – Página 105

 

“Talvez,” ele disse, me encarando estreitamente, “você seja um assassino, procurando a sua amedrontada presa.”

“Eu não sou da casta negra,” eu disse.

"Perhaps," he said, regarding me narrowly, "you are an assassin, seeking your flighted quarry."

 

"I am not of the dark caste," I said.

Contrabandistas de Gor – Livro 32 – Página 141

 

Eu pulei para trás, e um grande corpo caiu aos nossos pés. O golpe foi sem hesitação, eficiente, inabalável, rápido, limpo, firme, fundo até o punho, exato, poderoso, um golpe digno da própria casta negra.

 

I leaped back, and the large body fell at our feet. The blow had been unhesitant, efficient, unwavering, swift, clean, firm, deep to the hilt, exact, powerful, a blow worthy of the dark caste itself.

Contrabandistas de Gor – Livro 32 – Página 221

 

“Quisera eu poder ter testemunhado isso,” ele disse, “ver o terror no semblante da presa de alguém é um requintado prazer.”

“Um prazer, talvez,” eu disse, familiar àqueles da casta negra, quando a vítima primeiro vê a adaga pintada nas sobrancelhas do caçador.

"Would that I could have witnessed that," he said. "To see terror on the countenance of one's prey is an exquisite pleasure."

"A pleasure, perhaps," I said, "familiar to those of the dark caste, when the victim first sees the dagger painted on the hunter's brow."

Contrabandistas de Gor – Livro 32 – Página 238

 

“Deixe-o ir,” disse Tyraios. “Os larls o encontrarão. Você não poderia fazer melhor o trabalho do que eles.”

 

“Mas seria o trabalho deles, não meu,” eu disse.

“Ah,” disse Tyraios. “Você é da casta negra.”

“Não,” eu disse.

"Let him go," said Tyrtaios. "The larls will find him. You could not improve upon their work."

 

"But it would be their work, not mine," I said.

"Ah," said Tyrtaios. "You are of the dark caste."

"No," I said.

Contrabandistas de Gor – Livro 32 – Página 239

 

“Talvez você seja um Assassino,” eu disse.

“Não,” ele disse. “Você é?”

“Não,” eu disse.

“Vários no acampamento,” ele disse, “pensam que você é da casta negra.”

"You are perhaps an Assassin," I said.

"No," he said. "Are you?"

"No," I said.

"Several in the camp," he said, "think you are of the dark caste."

Contrabandistas de Gor – Livro 32 – Página 259

 

Ninguém estava perto do fogo.

A encomendada sabedoria, seja de um inimigo ou amigo. Deixe que outros sejam iluminados nessa minúscula luz se eles forem incautos. Escuridão é a amiga dos assassinos, de flechas saltando da noite e ela pode modelar o escudo e o abrigo do fugitivo que poderia, com a chegada de indesejados intrusos, escapar sem ser visto.

No one was near the fire.

This bespoke wisdom, whether of an enemy or friend. Let others be illuminated in that tiny light if they were so unwary. Darkness is the friend of assassins, of arrows springing from the night, and it may form the shield and shelter of the fugitive who might, upon the arrival of unwelcome intruders, slip away unseen.

 

Rebeldes de Gor – Livro 33 – Página 33

 

Quando convocado por Lorde Temmu, vários dias atrás, eu havia chegado em sua propriedade nas costas de um tarn. Eu não sabia o que havia acontecido com aquele tarn. Eu tinha pouca dúvida de que Tyraios, nas mãos de quem eu havia sido entregue, para ser depois levado a Lorde Yamada, estava familiarizado com as rédeas e a sela do tarn. Se ele era da casta negra, como eu suspeitava, aquilo quase seria dado como concedido.

Do Assassino se espera que se mova em silêncio, escondido, e com rapidez, e retire-se da mesma forma.

 

When summoned by Lord Temmu, several days ago I had arrived at his holding on tarnback. I did not know what had become of that tarn. I had little doubt that Tyrtaios, into whose hands I had been given, to be later delivered to Lord Yamada, was familiar with the reins and saddle of a tarn. If he were of the black caste, as I suspected, that would almost be taken for granted.

The Assassin is expected to move with silence, stealth, and swiftness, and depart similarly.

 

Rebeldes de Gor – Livro 33 – Página 164

 

“Pegue a minha espada,” disse Pertinax, “nas suas mãos ela é uma eficiente ferramenta de morte.”

 

“E na sua,” eu disse. “Dê-me, ao invés disso, sua faca.”

Pertinax passou-me a faca com o punho para a frente.

“Essa faca não é mais propriamente a arma para um assassino?” Eu disse. “Considere como é fácil ela ser escondida e como, bem arremessada, ela atinge seu alvo.”

"Take my sword," said Pertinax. "in your hands it is an efficient tool of death."

"And in yours," I said. "Give me, rather, your knife."

Pertinax handed me the knife hilt first.

"Is the knife not a more likely weapon for an assassin?" I said. "Consider how easily it is concealed and how, well flung, it greets its target."

Rebeldes de Gor – Livro 33 – Página 392

 

“Como, quatro homens mortos?” Perguntou o homem.

“Ele da casta negra estava insatisfeito, muito,” disse o primeiro homem.

“Sua vítima o iludiu?” Disse um sujeito.

“Aparentemente,” disse o primeiro homem.

“Por que quatro mortos?” Perguntou um sujeito, apreensivo.

“Ele da casta negra fez investigações,” disse o primeiro homem. “Elas se mostraram infrutíferas. Ninguém sabia o paradeiro da vítima.”

“E então, quatro foram mortos?” Disse um homem.

“Ele da casta negra estava desgostoso,” disse o primeiro homem.

“Então, quatro homens foram mortos,” disse um dos homens.

“Cada um com uma estocada no coração,” disse o primeiro homem.

“Onde está ele, da casta negra?” Perguntou um sujeito, sua voz tremendo.

“Ele se foi,” disse o primeiro homem. “Nós não sabemos para onde.”

“Ele da casta negra simplesmente se retirou?” Disse um homem.

“Sim,” disse o primeiro homem.

“Sem ser detido?” Disse um homem.

“Não se interfere com alguém da casta negra quando ele está caçando,” disse o primeiro homem.

 

“Guardas?” Inquiriu um dos homens.

“Nem eles,” disse o primeiro homem.

"How four men slain?" asked a man.

"He of the dark caste was displeased, muchly so," said the first man.

"His quarry eluded him?" said a fellow.

"Apparently," said the first man.

"Why four slain?" asked a fellow, apprehensively.

"He of the dark caste made inquiries," said the first man. "They proved fruitless. None knew the whereabouts of the quarry."

"And so four were slain?" said a man.

"He of the dark caste was displeased," said the first man.

"So four men were slain," said one of the men.

"Each with a thrust to the heart," said the first man.

"Where is he of the dark caste?" asked a fellow, his voice shaking.

"He is gone," said the first man. "We do not know where."

"He of the dark caste simply withdrew?" said a man.

"Yes," said the first man.

"Undetained?" said a man.

"One does not interfere with one of the dark caste, when he is hunting," said the first man.

 

"Guardsmen?" inquired one of the men.

"Nor they," said the first man.

Pilhagem de Gor – Livro 34 – Páginas 132 / 133

 

Eu vira aquele homem antes, aquele magro, duro homem de mãos grandes, no embarcadouro em Victoria, da minha gaiola, ele passando, feroz, atento e taciturno, homens se retirando do seu caminho. Ela havia perguntado ao meu negociante a localização da taverna de Tasdron. Na verdade, ele estava agora vestido de maneira diferente, muito não descritivamente, em uma escura, cheia de bolsos, túnica de trabalho. Ele vestia, também, um largo cinto duplamente afivelado, de onde uma adaga, na sua bainha, estava suspense, e uma sandália de rua com tornozelo alto e amarrada por cordões. Em volta da sua garganta estava um suado lenço marrom de trabalhador, que podia ser levantado sobre a face para proteger conta a poeira, ou esconder a sua fisionomia. Quando antes eu o havia visto, naquela manhã em Victoria, ela se vestia de maneira diferente, mais sobriamente, em uma túnica zibelina, uma capa, alta, negra, sandálias parecidas com botas. Ele estivera armado, uma espada curta em sua bainha pendurada sobre o seu ombro esquerdo, ao invés de cruzada no corpo. No seu braço esquerdo, envolvido, estava um elmo negro. Na sua aparência havia uma particular singularidade que eu lembrava bem. Eu tomei por uma marca de casta, um sinal festivo. Em preto, pintada ou decalcada no lugar, pequena e delicada, em sua testa, estava a imagem de uma adaga desembainhada. Certamente agora não havia tal desenho ou aparato na sua testa.

I had seen this man before, this large-handed, lean, hard man, on the wharf at Victoria, from my cage, he passing by, feral, wary and taciturn, men withdrawing from his path. He had inquired of my dealer the location of the tavern of Tasdron. To be sure, he was now dressed differently, rather nondescriptively, in a tan, pocketed work tunic. He wore, as well, a wide, double-buckled belt, from which a dagger, in its sheath, was suspended, and ankle-high, cord-laced street sandals. About his throat was a laborer's brown sweat scarf, which might be raised about the face, to protect one from dust, or conceal the features. When I had seen him before, that morning in Victoria, he had been clad differently, more somberly, in a sable tunic, a cape, high, black, bootlike sandals. He had been armed, a short sword in its scabbard slung from the left shoulder, rather than across the body. In his left arm, cradled, had been a black helmet. In his appearance there had been a particular oddity that I recalled well. I took it to be a caste mark, or festive design. In black, painted or inked in place, small and delicate, on his forehead, was the image of an unsheathed dagger. Certainly now there was no sign of such a design or device on his forehead.

Pilhagem de Gor – Livro 34 – Páginas 220 / 221

 

Na viagem propriamente dita, meu mestre vestia roupas indefiníveis, sugerindo nenhuma casta em particular.

 

On the journey itself, my master wore nondescript garments, suggestive of no caste in particular.

 

Pilhagem de Gor – Livro 34 – Página 222

 

Eu vestia uma túnica negra e um colar negro.

Duas escravas, de maneira vestidas e encoleiradas de maneira semelhante, mas livres de obstáculos, ambas requintadas, estavam servindo as mesas.

I wore a black tunic, and a black collar.

Two slaves, similarly clad and collared, but free of impediments, both exquisite, were serving the tables.

 

Pilhagem de Gor – Livro 34 – Página 228

 

Algo em torno de doze homens, em negros robes de cear, estavam reclinados nas divãs de refeição; alguns prestando atenção no círculo de areia, outros ocupados de maneira diferente, conversando, bebendo ka-la-na, experimentando variadas iguarias oferecidas pelas escravas de serviço. Os homens nas mesas, aqueles atentos, aqueles confusos, aqueles entediados, aqueles experimentando e saboreando bebidas e comidas, vestiam corolas sobre suas sobrancelhas, essas trançadas de sombrias folhas escuras, muito diferentes dos emaranhados de aromáticas flores vestidos por muitos Goreanos em ceias festivas. Havia pouco brilho e cor naquele lugar. Era bem diferente das ousadas e marcantes cores que, ousadamente exibidas, caracterizam tantas salas Goreanas, salões e domicílios.

Some dozen or so men, in black dinner robes, were reclining on the supper couches; some attending to the circle of sand, others differently occupied, chatting, sipping ka-la-na, sampling assorted viands proffered by the serving slaves. The men at the tables, those attentive, those bemused, those bored, those testing and savoring beverages and dishes, wore dark chaplets upon their brow, these woven from somber dark leaves, muchly different from the tangles of aromatic blossoms worn by many Goreans at festive suppers. There was little of brightness or color in this place. It was muchly different from the bold and striking colors that, in bold display, characterize so many Gorean rooms, halls, and domiciles.

Pilhagem de Gor – Livro 34 – Página 228

 

“Acendam as tochas, as lamparinas,” disse um sujeito de uma mesa do outro lado da areia. Ele vestia os sóbrios robes e a escura corola dos outros, mas parecia mais austero, mais formidável, mais terrível, seguramente de uma maneira que os outros não eram. Eu o havia visto entrar na sala, e os outros, incluindo meu mestre, Tyrraios, haviam levantado, percebendo a sua presença e eles não reassumiram as suas posições até que ele havia tomado o seu lugar no seu divã, um divã mais alto do que o dos outros. Eu deduzi que a presença dele não era usual naquele lugar, mas que ele era um convidado de alguma espécie, um visitante naqueles recintos. Na entrada, ele havia passado muito perto de mim, tão perto que seu sóbrio robe havia me tocado e eu havia me afastado, gelada. Ele parou, ficou em pé próximo a mim e olhou para baixo, para mim. Eu desviei o olhar, rapidamente, abaixando a minha cabeça. Sua pele parecia incomum, acinzentada, seus olhos eram inexpressivos como vidro. Ele era um homem grande e se movia facilmente. Sua cabeça, grande cabeça, havia se movido ligeiramente, suavemente oscilando, logo que ele havia entrado, varrendo a sala. Ele me lembrava, estranhamente, o movimento de uma outra forma de vida, o movimento da cabeça de uma cobra.

Antes que ele tomasse o seu lugar, um dos homens dissera, “nós estamos honrados com sua presença em nossa corte.”

“Nós estamos honrados,” disseram então os outros homens, incluindo meu mestre. Pouco depois disso, os dois homens com adagas haviam entrado no círculo de areia. Ambos haviam se curvado para a estranha figura, e então se retiraram para lados opostos do círculo de areia.

Escravas, as duas que estavam servindo a refeição e algumas outras, da mesma forma adoráveis e da mesma forma de longos cabelos, da mesma forma vestidas e encoleiradas, se apressaram a acender tochas e lamparinas e, rapidamente, a sala estava bem iluminada.

O corpo de um dos dois homens que havia pisado na agora avermelhada areia era arrastado para fora.

 

O outro se aproximou do alto divã e se ajoelhou diante dele, cabeça baixa.

“Traga para ele um robe, um robe de refeição e uma corola,” disse ele no alto divã.

Escravas adornaram o homem.

“Venha, junte-se a mim no alto divã,” convidou ele no alto divã.

Esse convite foi recebido com um murmúrio de surpresa por vários daqueles reunidos. Eu deduzi que esse tipo de reconhecimento era incomum naquele lugar.

O sujeito da areia, surpreso, impressionado e eufórico, logo havia subido no alto divã, para se juntar à negra figura ali reclinada, como se entronizado.

“Dê-me a adaga,” disse a imponente figura no alto divã.

A adaga foi instantaneamente entregue a ele.

Ele do alto diva então alcançou a cabeça do sujeito e, pelo cabelo, puxou-o para a faca, que foi enfiada através do robe de refeição, até o coração.

“Você foi desajeitado,” disse ele do alto divã.

Os olhos do sujeito estavam arregalados e então vazios e ele expirou sem um som, e foi atirado da mesa de refeição para a areia. Eu vi o sangue, a mancha na vestimenta alugada, a escura coroa caindo na areia. O corpo foi retirado.

“Mestre,” eu sussurrei, horrorizada, para Tyrraios.

“A morte tem que ser limpa,” disse Tyrraios. “Nós não somos açougueiros.”

“Eu havia pensado que ele alcançaria o quarto passo,” disse um homem.

“Não,” disse outro.

“Mestre,” eu disse.

“Sim,” ele disse.

“Esse lugar,” eu disse, “é a Corte Negra de Brundisium.”

“Sim,” ele disse.

“Mas o que,” eu perguntei, “é a Corte Negra de Brundisium?”

“Você é, de fato, uma ingênua bárbara,” ele disse.

“Por favor, Mestre,” eu disse.

“Ela é um pouco diferente das outras cortes negras,” ele disse.

“Mestre,” eu implorei, olhando para cima, a corrente no meu pescoço.

“Esta é uma casa de capítulo,” ele disse, “ da casta negra, a casta dos Assassinos.”

"Light the torches, the lamps," said a fellow from a table across the sand. He wore the somber robes and dark chaplet of the others but seemed more dour, more formidable, more terrible, surely in a way the others did not. I had seen him enter the room, and the others, including my master, Tyrraios, had stood, acknowledging his presence, and did not resume their positions until he had taken his place on his couch, a higher couch than the others. I gathered his presence was not usual in this place, but that he was a guest of sorts, perhaps a visitor to these precincts. In entering, he had passed closely to me, so closely that his somber robe had touched me, and I had drawn back, chilled. He stopped, stood near me, and looked down at me. I looked away, quickly, putting my head down. His skin seemed unusual, grayish, his eyes were as unexpressive as glass, He was a large man, and moved easily. The head, a large head, had moved a little, gently swaying, as he had entered, scanning the room. It reminded me, oddly, of the movement of another form of life, the movement of the head of a snake.

Before he had taken his position, one of the men had said, "We are honored that you appear in our court."

"We are honored," had then said the others, including my master. Shortly after that the two men with daggers had entered the circle of sand. Both had bowed to the strange figure, and then withdrawn to opposite sides of the circle of sand.

Slaves, the two who were serving the supper, and some others, similarly lovely similarly long-haired, similarly clad and collared, hastened to kindle torches and lamps, and, shortly, the room was well lit.

The body of one of the two men who had trod the now-reddened sand was dragged away.

The other approached the high couch and knelt before it, head down.

"Bring him a robe, a supper robe, and a chaplet," said he on the high couch.

Slaves soon adorned the man.

"Come, join me on the high couch," invited he on the high couch.

This invitation was greeted with a murmur of surprise by several of those assembled. I gathered that this sort of recognition was unusual in this place.

The fellow from the sand, startled, awed, and elated, had soon ascended the high couch, to join the dark figure reclining there, as though enthroned.

"Give me the dagger," said the imposing figure on the high couch.

The dagger was instantly surrendered to him.

He of the high couch then reached to the head of the fellow and, by the hair, pulled him to the knife, which was thrust through the supper robe, to the heart.

"You were clumsy," said he of the high couch.

The eyes of the fellow were wide, and then empty and he expired without a sound, and was thrust from the supper table to the sand. I saw the blood, the staining of the rent garment, the dark chaplet fallen to the sand. The body was removed.

"Master," I whispered, in horror, to Tyrraios.

"The kill is to be clean," said Tyrraios. "We are not butchers."

"I had thought he would have reached the fourth step," said a man.

"No," said another.

"Master," I said.

"Yes," he said.

"This place," I said, "is the Black Court of Brundisium."

"Yes," he said.

"But what," I asked, "is the Black Court of Brundisium?"

"You are, indeed, a naive barbarian," he said.

"Please, Master," I said.

"It is little different from other black courts," he said.

"Master," I begged, looking up, the chain on my neck.

"This is a chapter house," he said, "of the black caste, the caste of Assassins."

Pilhagem de Gor – Livro 34 – Páginas 229 / 231

The black caste is generally feared, and loathed.

Who then would seek admission to such a despised caste?

Perhaps the feared, and loathed.

 

Pode ser de utilidade falar rapidamente sobre a natureza da corte negra.

Como você, sem dúvida, depreendeu, existe e permanece muito deste incomum, perigoso, adorável mundo que eu desconheço ou, ao menos, pouco esclarecido.

Uma corte negra, eu suponho, tem esse nome por causa da cor da casta dos Assassinos, que é negra. Se fala algumas vezes da casta, quando os homens ousam falar dela, como a casta negra, ou a casta zibelina. Em muitas cidades Goreanas ela não é bem-vinda, até mesmo posta fora da lei. Por exemplo, ela é ilegal em Ar e no Mercado de Semris. Sua ilegalidade em Ar, eu suponho, seguiu uma mal sucedida tentativa de um exército liderado por Pa-Kur, um alto Assassino, de tomar aquela grande cidade, a maior, a mais rica e mais populosa do hemisfério norte de Gor. A cidade ao que parece, estava em desordem e o seu Ubar rejeitado, na sequência da perda temporária de sua Home Stone, roubada por um tarnsman não identificado durante as comemorações da Festa do Plantio. Supostamente um instrumento na derrota de Pa-Kur e na restauração do Ubar da cidade ao poder estava a figura conhecida nas canções como Tarl de Bristol, figura essa, como muitas dessas figuras recontadas em tais canções, que é presumivelmente legendária. O exército hostil, em alguns pergaminhos, é chamado de Horda de Pa-Kur, epíteto depreciativo este que ocorre no linguajar comum, sem dúvida refletindo o lugar-comum de que a história provavelmente reflete a visão dos vitoriosos. A ilegalidade da casta dos Assassinos no Mercado de Semris pode ser um ato independente, ou pode ter seguido o exemplo de Ar. De qualquer forma, parece que “cortes negras” existem em várias cidades, embora seguramente não em todas, ou abertamente, como em Brundisium, ou supõe-se, algumas vezes, quando ilegais, secretamente.

A existência de uma “casta negra” em um mundo tal como Gor não é surpreendente, inexplicável, ou inconcebível, como poderia parecer. De fato, é altamente provável que, a muito tempo atrás, no começo, a casta foi formada para suprir uma necessidade, ou cumprir um papel na sociedade que era percebido como não apenas sendo totalmente justificável, mas desejável. Em Gor não existe, ou existem poucas “nações” no sentido que alguém do meu antigo mundo provavelmente pensaria como nações. De maneira semelhante, não existe lei internacional. A lei para a maioria dos propósitos práticos, não vai além das espadas de um determinado estado. O estado Goreano comum é a vila, a pequena ou grande cidade, e qualquer território sobre o qual o estado pode estender a sua hegemonia. Nesse sentido, estados podem aparecer nos mapas, mas não fronteiras. O território controlado por um estado provavelmente, historicamente, se estende e diminui com o destino do estado. A coisa mais próxima de nações parece ser as grandes ilhas Ubaratos, tais como Tyros e Cos, onde o mar forma barreiras naturais, ou fronteiras, por assim dizer, mas mesmo ali o poder parece estar centrado em cidades específicas, como Kasra e Jad. Um ditado que eu havia escutado parece pertinente aqui, “as leis de Cos marcham com as lanças de Cos.” Dois aspectos adicionais da maneira Goreana poderiam ser considerados, primeiro, a suspeição e hostilidade verificadas entre diversos estados, que se opõem à cooperação e assistência, e aos limites da lei Goreana, mesmo dentro de um estado, já que Goreanos tendem a ser radicalmente independentes e provavelmente se ressentem da intrusão de outros, mesmo de um estado onde são considerados as suas próprias preocupações e negócios. Por exemplo, vendetas ocasionalmente acontecem entre famílias, onde o estado e outros, respeitando a vontade dos participantes, declinam de intervir.

Em face de tais considerações, e da consequente dificuldade, frequentemente reconhecida, de se obter justiça, reparação, ou vingança, conforme seja o caso, pode-se bem entender a existência de um tipo de homens, itinerantes, independentes, dedicados, armados e habilidosos, para se contratar. Tais homens podem, por exemplo, perseguir um fugitivo de cidade para cidade com impunidade, independentemente de casta, estado de guerra e Home Stone. Poucos interferirão com um Assassino caçando, vestido de negro, adaga na fronte, passando por entre eles, cuidando silenciosamente do seu trabalho. De maneira semelhante, poucos desafiariam o vento, ou o céu escuro de onde o raio pode atacar.

Alguns Assassinos são peculiares em suas incumbências, mas, claramente, outros não são. Um pode aceitar um punhado de tarsks de cobre para fazer justiça, ao menos como ele a entende, enquanto que outro, por uma bolsa de outro, poderia matar um administrador, assassinar um rival de negócios, ou eliminar um competitivo legatário. Alguns homens ricos pagam cortes locais para não aceitar incumbências contra eles.

Parece que há pouca dúvida que com o passar dos anos as cortes negras se tornaram menos escrupulosas nas incumbências que elas aceitam. A imagem original do mercenário de elite, contratado para fazer o bem e levar o direito para de outra forma inacessíveis locais, suprindo um serviço necessário de outra forma não disponível, passou a se transformar naquela da contemporânea casta negra, uma ordem de habilidosos, perigosos homens específicos sobre pouco mais que seus pagamentos.

Poderia ser notado, de passagem, que a casta negra é zelosa com o que encara como sendo suas prerrogativas. Ela perseguirá e assassinará outros matadores contratados. Ela não favorece a competição e deseja manter, com efeito, o monopólio nessa área. Poderia ser notado, também, novamente de passagem, que a casta negra, como uma questão de política, não se preocupa com membros que possam ser mortos enquanto realizam o seu trabalho. Não existe noção de vingança ou busca de retribuição envolvidas. Poderia se lamentar que um pagamento é perdido, mas nada mais do que isso. Aquele que é morto no seu trabalho é considerado como tendo falhado e, em virtude disso, lhe é negada maior consideração. Ela irá, por outro lado, caçar um indivíduo que poderia, no seu ponto de vista, ter gratuitamente matado um de seus membros.

No meu período na corte negra, eu ocasionalmente testemunhei a admissão de clientes que procuravam o serviço da “espada negra.” Outros clientes, por meio de mensageiros, podem requisitar uma discreta entrevista com um representante da casta, na qual pagamentos podem ser negociados e preparações feitas. Como é compreensível, certos indivíduos não desejariam ser vistos entrando nos recintos da corte. Escravas não são participantes dessas entrevistas, quer seja dentro ou fora da corte.

Como eu suponho estar claro, a casta dos Assassino não é uma típica casta. Por exemplo, não existiam mulheres livres na corte negra. O companheirismo é proibido para os membros da casta. A adesão, como na casta dos Guerreiros, casta com a qual os Assassinos são frequentemente comparados, não é recebida por nascimento, mas por méritos. No caso da casta negra, contudo, não existe devoção aos códigos de honra, que poderiam poupar um incapacitado inimigo, poderiam diminuir a vitória, digamos, com o reconhecimento do valor do oponente, sem o generoso companheirismo da espada, sem irmãos em armas. Amizade é desaprovada. Emoção é afastada. Tais coisas são vistas como enfraquecedoras da vontade, suavizar a decisão, deter a mão a fração de um Ihn que poderia comprometer o golpe. O Assassino deve estar grandemente solitário. Como a pantera da floresta, ele é usualmente um solitário caçador. Ele não deve ter associações, conexões, interesses, ou envolvimentos que poderiam distrair, comprometer, ou prejudicar a sua capacidade de desempenhar os requisitos de seu ofício, o cumprimento de sua incumbência. Sua vida pertence à casta. Sua fidelidade não deve ser dividida. Ele deve devotar a si mesmo às suas habilidades e às suas ferramentas, a adaga, a seta, o laço de arame, o dardo, a preparação de venenos, ao logro, paciência, disfarce e à crueldade. Ele se apresenta, ele treina, ele se emprenha e ele é ou aceito ou rejeitado, e o rejeitado usualmente perece nos julgamentos de armas.

A casta negra é geralmente temida e odiada.

Quem então procuraria a admissão em tal desprezada casta?

Talvez os temidos e odiados.

Mas também, em alguns, não existe a atração pelo negro poder, a gratificação ao inspirar apreensão?

Mas a admissão não é facilmente conquistada. Poucos são autorizados a competir, e daqueles que são autorizados a competir, poucos vivem para vestir a túnica zibelina. Não é fácil subir os nove degraus de sangue.

Não existe lugar na casta, a propósito, para os ineptos e estúpidos, para criminosos, vândalos e valentões, para o ingenuamente, simplisticamente brutal, para o mesquinho, ou para o mero cruel e ganancioso, para a recusa das sarjetas da cidade, para aqueles vistos como indignos. Poucos sobrevivem para carregar a “espada negra.”

Sem dúvida existem razões para que alguém, talvez desesperado e arruinado, pudesse procurar a entrada nos temidos recintos.

Entre os candidatos poderiam ser encontrados os desonrados e fracassados, os desapontados e abandonados, os desprezados e os odiados, os desesperados e resignados, os escarnecidos e ridicularizados, aqueles que fugiram de suas Home Stones, que repudiaram os códigos, possivelmente mercenários tentando trocar aço por ouro, sem escrúpulo, talvez aqueles procurando aprovação para os seus patológicos instintos que, sutilmente exercidos, serão aceitos, até mesmo celebrados.

É difícil dizer.

Muito na corte negra é segredo. Se eles têm códigos, eu não sei quais seriam eles, salvo talvez uma implacável fidelidade a uma incumbência. Por exemplo, escravas não são autorizadas a testemunhar o treinamento, não que eu me preocupasse com isso, certamente em decorrência do assassinato que eu vira no banquete, nem assistir às instruções, mesmo enquanto servindo, direcionadas aos candidatos. Eu tinha visto placas de armas e dispositivos levados para as câmaras de treinamento, as adagas, as balanceadas facas de arremessar, a facilmente ocultável faca-gancho, as espadas, os dardos, os rolos de fios, os garrotes de corrente e, em particular, as bestas e setas, a preferida arma de ataque dessa casta, que pode ser facilmente escondida em baixo da capa, e na guia da qual uma seta pode esperar por Ahn, como a ost, antes de atacar.

Eu estava a alguns dias na corte negra.

Meu mestre, já que eu não era propriedade da corte, frequentemente se ocupava na cidade, eu penso que na vizinhança do cais, presumivelmente esperando, ou procurando o misterioso embarque que se supunha estar chegando em Brundisium, supostamente vindo de um “mundo de aço.” Eu não fazia ideia do que poderia ser o conteúdo do embarque, ou a sua importância, ou o que poderia isso estar relacionado comigo, ou com meu primeiro mestre, Kurik de Victoria.

Enquanto isso eu era mantida ocupada na corte, limpando, esfregando, lavando roupa, ajudando na cozinha e servindo as refeições comunitárias. A primeira garota era severa, mas justa. Ela não tinha favoritas. Que eu fosse uma bárbara não afetava adversamente o meu tratamento, como poderia facilmente ter acontecido em muitas situações. Eu era agradecida a ela. As escravas estão à disposição dos homens, como se esperaria, mas eu, uma escrava privada, um status invejado pelas minhas irmãs-de-colar, era reservada para o meu mestre. Por outro lado, ele fazia pouco uso de mim, aparentemente ocupado em vários disfarces, conduzindo investigações na cidade, tentando reunir boatos úteis, ou inteligência, em várias tavernas, e assim por diante. Assim, a maioria das noites eu deitava em meu canil, intocada e, eu confesso, como uma escrava, carente e infeliz. Nós precisamos do toque dos nossos mestres. Os homens nos tornaram assim. Nós não somos mais de nós mesmas, mas deles.

Eu recontarei uma anedota, ou duas que, na sua maneira, poderiam derramar alguma luz sobre a natureza da corte negra. Primeiro, que fique entendido que o edifício que abriga a corte negra não é grande, mas ele realmente tem um formidável, ameaçador aspecto. É como uma pequena fortaleza na cidade com altas, escuras muralhas, com um fosso, uma ponte levadiça e um “portcullis”, um pesado, verticalmente gradeado, reforçado portão que pode ser levantado e abaixado por meio de um sarilho. A localização da corte é isolada, de modo que, mesmo dentro da cidade, ela ocupa uma área de solo não ocupado em todos os lados. Essa área tem várias jardas de largura e, como é aberta, não possui cobertura para qualquer um que tente se aproximar da corte e de seu fosso.

“Vocês duas,” disse a primeira garota, “vão ao mercado de sal, no portão leste, procurem o vendedor, Porus, e voltem com uma pedra de sal.”

“Assim como estamos, no colar negro?” Perguntou uma garota.

“Eu farei isso, então,” disse a primeira garota. “Aqui está o saco. Quando ele estiver cheio façam com que seu conteúdo seja pesado cuidadosamente.”

“Porus usou o aguilhão em você, ontem, não?” Perguntou a outra garota, divertida.

“Talvez,” disse a primeira garota.

“Venha junto,” disse a outra garota.

Eu não tinha ideia, é claro, do melhor caminho para o portão leste.

“Porque eu estou indo junto?” Eu perguntei a ela.

“Alguém deve carregar o sal,” ela disse.

“Por que não você?” Ela disse.

“Eu não sou uma bárbara,” ela disse.

“Eu entendo,” eu disse.

Essa foi a primeira vez, desde que eu cheguei na corte negra, que eu havia sido autorizada a sair da corte.

Eu não pensava em escapar, é claro, já que eu estava encoleirada. Vestida na túnica, encoleirada e marcada, não existe fuga para a escrava Goreana. O melhor que ela poderia esperar seria cair nas mãos de um novo mestre, que saberia que ela havia fugido do antigo mestre. Quão pesadas então seriam as suas correntes, quão cruel seria o golpe do chicote! Além disso, a recuperada escava se arrisca ao menos a uma severa surra, mas, talvez, também, a ser jarretada, ou ser eliminada, talvez servindo de comida para sleen, ou ser atirada, nua e amarrada, no meio de contorcidas, esfomeadas plantas sanguessuga. Mas eu nem sequer desejava escapar, já que eu me encontrava nesse perigoso, lindo mundo. Eu havia aprendido algo sobre Gor, algo sobre o qual eu havia estado alheia, ou melhor, não completamente ou totalmente consciente, no meu antigo mundo, que eu pertencia a um colar escravo. Quão emocionada eu estava por ser tão diminuída, tão envergonhada, tão possuída! Eu não ousava falar para a outra mulher, sendo uma mera escrava, mas, para mim, era o certo. Eu queria o colar, eu pertencia a ele, e estava nele. Eu amava aquilo que estava no meu pescoço, fechado e trancado. Ele estava lá. Eu não podia retira-lo. Eu não desejava retirá-lo. Eu era uma escrava.

 

“Os homens não parecem nos enxergar com desejo, francamente e apreciativamente,” eu disse, confusa. Certamente isso era bem diferente das minhas antigas experiências em ruas abertas, como em Ar, e era bem diferente das experiências usuais de escravas em ruas abertas. Um dos prazeres em ser um homem Goreano, eu havia percebido, era inspecionadora análise das frequentemente encontradas kajirae, nos mercados, nas praças, nos bulevares e nas vias menores, kajirae levando mensagens, acorrentavas em anéis escravos públicos, convenientemente localizados, esperando o retorno de seus mestres e assim por diante. Essas escravas não embelezam uma cidade? De fato, quando dignitários em visita estão por perto, cidadãos são encorajados a colocar as suas garotas, atrativamente vestidas em túnicas, vagando pela cidade para que uma apropriada impressão possa ser transmitida para os visitantes. Seguramente essas adoráveis escravas contribuem, como parques e bem desenhados, coloridos predios, para a beleza da cidade de fato, o número e a qualidade de escravas é considerado uma evidência do gosto da cidade, sucesso, poder, riqueza e coragem na guerra. Algumas das garotas assim exibidas podem até mesmo ter sido obtidas da própria cidade do dignitário. Mas isso não importa, já que, uma vez encoleirada, uma escrava é uma escrava.

“Não,” disse minha companheira. “Eles são receosos da corte negra e muitos a temem.”

“Eu não gosto de ser ignorada,” eu disse.

“Escrava vaidosa,” ela disse.

Que escrava não fica satisfeita em se objeto de interesse e observação, de saber que ela é olhada e desejada, que ela agita e esquenta o sangue dos homens, que eles gostariam de tê-la nos seus anéis escravos?

“Seguramente nós não somos enviadas usualmente como nós fomos agora,” eu disse.

“Nem um pouco,” ela disse, virando à esquerda.

Eu recordei não existir nada no meu colar, mas que ele seria reconhecido pelo seu laqueado preto e que eu seria devolvida à corte. Eu seria deixada, impotentemente amarrada pela corte, presumivelmente na borda do fosso, diante da então levantada ponte. Aparentemente nenhuma recompensa seria esperada, ou pedida. Por outro lado, as escravas da corte, quando mandadas para fora da corte, eram usualmente vestidas em túnicas indeterminadas e opacas, e colocadas em um colar que carregava uma legenda. Aquela legenda, eu tinha sido informada, me devolveria a um endereço dificilmente reconhecível sem ter nada relacionado com a corte negra, endereço de onde eu então seria, no devido tempo, devolvida à corte.

“Não está longe,” ela disse.

O sal nos mercados locais é obtido do mar. Grandes panelas são colocadas com uma fina membrana na água do mar que, conforme evapora, deixa o sal para trás, que é então raspado e mandado para os mercados da cidade.

“Aqui estamos,” ela disse.

O sujeito olhou para cima, rapidamente, astutamente, por entre os barris de sal, no meio dos quais estava sentado e ficou branco

“Tal, nobre Mestre,” disse minha companheira, ajoelhando. “Nós gostaríamos de uma pedra de sal.”

Eu também ajoelhei.

“Custa quatro frações de tarsk,” ele disse cautelosamente.

“Ele deve ser pesado cuidadosamente,” disse minha companheira.

“Quatro frações de tarsk,” ele disse.

“De ao nobre mestre o saco, para que ele possa pesar o sal,” disse minha companheira.

Eu tratei de passar o saco ao sujeito que era, eu presumia, Porus, mas ele o jogou longe.

“Quatro frações de tarsk,” ele disse.

Minha companheira então levantou e eu, decididamente desconfortável, já que não nos havia sido dada permissão para levantar, me coloquei em pé, também. Eu não sabia mais o que fazer.

Ela então recuou, um passo ou dois, assim como eu, e virou para partir.

“Venha, Phylliss,” ela disse. “Não há mais nada que nós possamos fazer, senão voltar para a corte e informar os mestres que Porus, o mercador de sal, que negocia perto do portão leste, se recusou a pesar sal para nós.”

Nós mal havíamos dado três passos quando Porus nos chamou, “esperem, doces kajirae,” ele disse, “eu não fiz nada além de zombar.”

Pouco depois, nós deixávamos o seu improvisado lugar de negócios, no meio dos barris, eu carregando um bojudo saco de sal, no qual, nós notamos, havia bem mais que uma pedra de peso do cintilante mineral, algumas vezes chamado de diamante do mar.

“A primeiro escrava ficará satisfeita,” disse minha companheira. “O aguilhão custou a ele quatro frações de tarsk.”

“Ela não foi reconhecida como sendo da corte,” eu disse.

“É claro que não,” ela disse. “Até mesmo mulheres livres pouco provavelmente golpeariam uma garota na túnica negra.”

“Seguramente,” eu disse, “aqueles da casta negra, como outros, compram mercadorias.”

“Normalmente,” ela disse, “mas quando eles estão nas vestimentas escuras, não é desconhecido que mercadores e outros, sem solicitação, empurrem mercadorias para eles, como presentes.”

It may be useful to speak briefly of the nature of a black court.

As you have doubtless surmised, there is, and remains, much on this unusual, perilous, lovely world of which I am unaware, or, at least, too little informed.

A black court, I gather, is named for the color of the caste of Assassins, which is black. The caste is sometimes spoken of, when men dare to speak of it, as the black caste, or the sable caste. In many Gorean cities it is unwelcome, even outlawed. For example, it is outlawed in Ar and in Market of Semris. Its outlawry in Ar, I gather, followed an unsuccessful attempt by an army led by Pa-Kur, a high Assassin, to seize that great city, the largest, richest, and most populous in Gor's northern hemisphere. The city it seems, was in disarray, and its Ubar challenged, following the temporary loss of its Home Stone, purloined by an unidentified tarnsman during the revels of the Planting Feast. Supposedly instrumental in the defeat of Pa-Kur and the restoration of the Ubar of the city to power was a figure known in the songs as Tarl of Bristol, which figure, as many such figures recounted in such songs, is presumably legendary. The hostile army, in some of the scrolls, is spoken of as the Horde of Pa-Kur, which disparaging epithet occurs in common parlance, doubtless reflecting the truism that history is likely to reflect the views of the victors. The outlawry of the caste of Assassins in Market of Semris may have been an independent act, or may have followed the example of Ar. In any event, it seems that "black courts" exist in a number of cities, though surely not all, either openly, as in Brundisium, or, one supposes, sometimes, where outlawed, secretly.

The existence of a "black caste," on a world such as Gor, is not as surprising, inexplicable, or unconscionable, as it might seem. Indeed, it is highly likely that, long ago, in the beginning, the caste was formed to supply a need, or perform a role within society that was perceived as being not only fully justified, but desirable. On Gor there are no, or few, "nations" in the sense that one of my former world would be likely to think of as nations. Similarly there is no international law. Law for most practical purposes, reaches no further than the swords of a given polity. The common Gorean polity is the town, village, or city, and whatever territory about the polity to which it can extend its hegemony. In this sense, polities may appear on maps but not borders. The territory controlled by a polity is likely, historically, to wax and wane with the fortunes of the polity. The nearest things to nations would seem to be the large island Ubarates, such as Tyros and Cos, where the sea forms natural barriers, or borders, so to speak, but even there power seems centered in particular cities, such as Kasra and Jad. A saying I have heard seems germane here, "the laws of Cos march with the spears of Cos." Two further aspects of the Gorean way might also be considered, first, the suspicion and hostility obtaining amongst diverse polities, which militates against cooperation and assistance, and the limits of Gorean law, even within a polity as Goreans tend to be radically independent and likely to resent the intrusion of others, even a polity, into what are regarded as their own concerns or affairs. For example, vendettas occasionally take place amongst families, in which the polity and others, respecting the wishes of the participants, decline to intervene.

Given such considerations, and the consequent difficulty, frequently recognized, of obtaining justice, satisfaction, or vengeance, as the case may be, one can well understand the existence of an order of men, itinerant, independent, dedicated, armed, and skilled, for hire. Such men may, for example, pursue a fugitive from city to city with impunity regardless of caste, warfare, and Home Stone. Few will interfere with the hunting Assassin, sable-clad, dagger on brow, passing amongst them, going quietly about his work. Similarly, few would challenge the wind, or the dark sky from which lighting might strike.

Some Assassins are particular in accepting their commissions, but, clearly, others are not. One might accept a handful of copper tarsks to do justice, at least as he understands it, whereas another, for a purse of gold, might kill an administrator, murder a business rival, or eliminate a competitive legatee. Some rich men pay local black courts not to accept commissions against them.

There seems little doubt that over the years the black courts became less scrupulous in the commissions they accepted. The original image of the elite mercenary, hired to do good and carry right into otherwise inaccessible precincts, supplying a needed service not otherwise available, became transformed into that of the contemporary black caste, an order of skilled, dangerous men particular about little else but their fees.

It might be noted, in passing, that the black caste is jealous of what it regards as its prerogatives. It will seek out and kill other hired killers. It does not favor competition, and wishes to maintain, in effect, its monopoly in that area. It might also be noted, again in passing, that the black caste, as a matter of policy, does not concern itself with members who might be slain while about their work. There is no notion of vengeance or seeking retribution involved. It might be regretted that a fee is lost, but nothing else. One who is slain in his work is regarded as having failed, and, in virtue of this, is denied any further consideration. It will, on the other hand, hunt an individual who might, in its view, have gratuitously slain one of its members.

In my time in the black court I occasionally witnessed the admission of clients who sought the services of the "dark sword." Other clients, by means of messengers, may request a discreet interview with a representative of the caste, in which fees might be negotiated and arrangements made. As is understandable, certain individuals would not wish to be noticed entering the precincts of the court. Slaves were not privy to such interviews, either within or outside the court.

As I suppose is clear, the caste of Assassins is not a typical caste. For example, there were no free women in the black court. Companionship is forbidden to members of the caste. Membership, as with the Warriors, with which caste the Assassins are often compared, is not earned by birth, but by deeds. In the case of the dark caste, however, there is no devotion to the codes of honor, which might spare a disabled foe, which might temper victory, say, with the recognition of opposed valor, no generous companionship of the blade, no brothers in arms. Friendship is frowned upon. Emotion is eschewed. Such things are alleged to weaken the will, to soften resolve, to stay the hand the fraction of an Ihn that might compromise the strike. The Assassin is to be much alone. Like the forest panther, he is commonly a solitary hunter. He is to have no associations, connections, interests, or entanglements that might distract, compromise, or impair his capacity to discharge the requirements of his office, the fulfillment of his commission. His life belongs to the caste. His allegiance is to be undivided. He is to devote himself to his skills, and to his tools, the dagger, the quarrel, the wire noose, the dart, the brewing of poisons, to deception, patience, disguise, and ruthlessness. One applies, one trains, one strives, and one is either accepted or rejected, and the rejected have commonly perished in trials of arms.

But, too, in some, is there not an attraction to dark power, and the gratification of inspiring apprehension?

But admission is not easily purchased. Few are permitted to compete, and of those who are permitted to compete, few live to don the sable tunic. It is not easy to climb the nine steps of blood.

There is no place in the caste, incidentally, for the inept and dull, for thugs, vandals, and bullies, for the naively, simplistically brutal, for the petty, or the merely cruel and greedy, for the refuse of a city's gutters, for those regarded as the unworthy. Few survive to carry the "dark sword."

Doubtless there are reasons why one, perhaps despairing and ruined, might seek entrance into dreaded precincts.

Amongst applicants might be found the dishonored and failed, the disappointed and abandoned, the despised and hated, the hopeless and resigned, the mocked and ridiculed, ones who have fled from Home Stones, who have repudiated codes, perhaps fugitives who seek a sanctuary behind dark walls, possibly seekers of thrills, possibly mercenaries intent on bartering steel for gold, without compunction, perhaps those seeking approval for their pathological instincts that, suitably exercised, will be condoned, even celebrated.

It is hard to say.

Much in the black court is secret. If they have codes, I do not know what they would be, saving perhaps a relentless fidelity to a commission. For example, slaves were not permitted to witness training, not that I would have cared to do so, certainly following the killing I had seen at the banquet, nor attend instructions, even while serving, addressed to the candidates. I have seen the plates of weapons and devices borne to the training chambers, the daggers, the balanced throwing knives, the easily concealed hook knife, the swords, the darts, the loops of wire, the chain garrotes, and, in particular, the crossbow and quarrel, the favored striking weapon of the caste, which may be easily concealed beneath a cloak, and in whose guide a quarrel may wait for Ahn, like the ost, before it strikes.

I was some days in the black court.

My master, for I was not owned by the court, frequently occupied himself in the city, I think in the vicinity of the wharves, presumably waiting for, or searching for, the mysterious shipment that was supposed to arrive at Brundisium, claimedly deriving from a "steel world." I had no idea what might be the contents of this shipment, or its importance, or what it might have to do with me, or with my first master, Kurik, of Victoria.

In the meantime I was kept busy in the court, cleaning, scrubbing, laundering, assisting in the kitchen, and serving at the common meals. The first girl was stern, but fair. She played no favorites. That I was a barbarian did not adversely affect my treatment, as it might easily have done in many situations. I was grateful to her. The slaves are at the disposal of the men, as one would expect, but I, as a private slave, a status envied by my collar-sisters, was reserved to my master. On the other hand, he made little use of me, apparently busying himself in various disguises, conducting inquiries in the city, attempting to garner useful gossip, or intelligence, at various taverns, and so on. Accordingly, most nights I lay in my kennel, untouched, and, I confess, as a slave, deprived, and miserable. We need the touch of our masters. Men have made us so. We are no longer ours, but theirs.

I will recount an anecdote, or two, which, in their way, might shed some light on the nature of a black court. First, let it be understood that the edifice that houses the black court is not large, but it does have a formidable, menacing aspect. It is like a small fortress in the city with high, dark walls, with a moat, a drawbridge, and a portcullis, a heavy, vertically barred, reinforced gate that may be raised or lowered by means of a windlass. The court's position is isolated, in a sense, as, even within the city, it occupies an area of unplanted ground on all sides. This area is several yards in width, and, as it is open, it affords no cover to any who might approach the court, and its moat.

 

"You two," said the first girl, "go to the salt market, at the east gate, to the vendor, Porus, and return with a stone of salt."

 

"As we are, in the black collar?" asked the other girl.

"I will have it so," said the first girl. "Here is the sack. When it is filled, have its contents weighed carefully."

"Porus switched you, yesterday, did he not?" asked the other girl, amused.

"Perhaps," said the first girl.

"Come along," said the other girl.

I had no idea, of course, of the best route to the east gate.

"Why am I coming along?" I asked her.

"Someone must carry the salt," she said.

"Why not you?" I asked.

"I am not a barbarian," she said.

"I see," I said.

This was the first time, since my arrival at the black court, that I had been allowed outside the court.

I did not think of escape, of course, as I was collared. Tunicked, collared, and marked, there is no escape for the Gorean slave girl. The best she might hope for would be to fall into the hands of a new master, who would know she has fled a former master. How heavy then would be her chains, how cruel the stroke of the lash! Too, the recovered slave girl risks at least a severe beating, but perhaps, as well, a hamstringing, or being disposed of, perhaps being fed to sleen, or being cast, naked and bound, amongst writhing, ravenous leech plants. But I did not even wish to escape, for I had found myself on this perilous, beautiful world. I had learned something on Gor, of which I had been unaware, or, better, not completely or fully aware, on my former world, that I belonged in a slave collar. How thrilled I was to be so reduced, so shamed, so owned! I dare not speak for other women, being a mere slave, but, for me, it was right. I wanted the collar, and belonged in it, and was in it. I loved that it was on my neck, closed and locked. It was there. I could not remove it. I did not wish to remove it. I was a slave.

Let other women scorn me, if they wish.

I loved being a slave.

How glorious to be a property, helpless, and owned by men!

How free I was!

I was a slave.

"Have you money?" I asked.

I had not seen the first girl hand her any money. Too, as far as I could tell, she had no coin, or coins, in her mouth, nor clutched in her hand.

"No," she said.

"I do not understand," I said.

"Do not concern yourself," she said.

We continued on for a time. I held the empty sack, four times folded. We turned onto a large street.

"Beware," I whispered, "a free woman approaches." She walked regally, and carried a switch.

"Keep your eyes down," my companion whispered. "Do not make eye contact. You do not see her. She does not see you."

 

"Let us go to the side of the street, and kneel, head down," I said. I had no wish to feel a switch.

"Now look up," she said, a moment later merrily.

I did so.

"She is gone," I said, looking about. "The free woman is gone."

"Not really," said my companion. "She merely went to the other side of the street."

"Why?" I asked.

"We wear the black tunic, the black collar," she laughed.

As we continued on our way, even men tended to avoid us. We did receive, as some passed us by, closely, dark looks, and we noted sneers of contempt, but no one seemed interested in interacting with us, neither free men nor free women.

"The men do not seem to regard us with appetition, frankly and appraisingly," I said, puzzled. Certainly this was muchly different from my former experiences on open streets, as in Ar, and was muchly different from the common experiences of slave girls on open streets. One of the pleasures of being a Gorean male, I had gathered, was the inspective perusal of frequently encountered kajirae, in markets, in the plazas, on the boulevards and in lesser thoroughfares, kajirae running errands, chained to public slave rings, conveniently located, awaiting the return of masters, and so on. Do not such slaves dress up a city? Indeed, when visiting dignitaries are about, citizens are encouraged to set their girls, attractively tunicked, wandering about the city that a suitable impression may be conveyed to the visitors. Surely these lovely slaves contribute, like parks and well-designed, colorful buildings, to the beauty of a city indeed, the number and quality of slave girls is taken as evidence of a city's taste, success, power, wealth, and prowess in warfare. Some of the girls so displayed may even have been obtained from the dignitary's own city. But that matters not, for, once collared, a slave is a slave.

 

"No," said my companion. "They are uneasy with the black court, and many fear it."

"I do not like being ignored," I said.

"Vain slave," she said.

What slave is not pleased to be the object of interest and regard, to know that she is looked upon and desired, that she stirs and heats the blood of men, that they would like to have her at their slave ring?

"Surely we are not sent forth commonly as we are now," I said.

"Not at all," she said, turning left.

I recalled there was nothing on my collar, but that it would be recognized, for its black enamel, and that I would be returned to the court. I would be left, helplessly bound, by the court, presumably at the edge of the moat, before the then-raised drawbridge. Apparently no reward would be expected, or proffered. On the other hand, court slaves, when sent forth from the court, were commonly tunicked nondescriptly and opaquely, and put in a collar that did bear a legend. That legend, I was informed, would return me to an address unlikely to be recognized as having anything to do with the black court, from which address I would then be, in due time, returned to the court.

"Why now?" I asked.

"Our first girl," she said, "was not pleased to have been switched by Porus, the salt merchant."

"We are seldom pleased to be switched," I said.

"He is not even a desirable master," she said.

"Oh," I said.

"It is not far," she said.

The salt in the local markets is obtained from the sea. Large pans are set forth with a thin film of sea water, which, as it evaporates, leaves the salt behind, which is then scraped together, and sent to the markets of the city.

"We are here," she said.

The fellow looked up, quickly, shrewdly, from amongst the kegs of salt, amidst which he sat, and turned white.

"Tal, noble Master," said my companion, kneeling. "We would like a stone of salt."

I knelt, too.

"That is four tarsk-bits," he said, cautiously.

"It is to be weighed out, carefully," said my companion.

"Four tarsk-bits," he said.

"Give the noble master the sack, that he may weigh out the salt," said my companion.

I made to hand the sack to the fellow who was, I gathered, Porus, but he thrust it away.

"Four tarsk-bits," he said.

My companion then rose and I, decidedly uneasy, for we had not been given permission to rise, rose to my feet, as well. I knew nothing else to do.

"Come, Phyllis," she said. "There is nothing for us to do now but return to the court, and inform the masters that Porus, the salt merchant, he who deals near the east gate, declined to weigh salt for us."

She then backed away, a step or two, as did I, and turned to leave.

We had scarcely gone three steps when Porus called out to us, "Wait, sweet kajirae," he said, "I did but jest."

Shortly thereafter we left his impromptu place of business, amongst the kegs, I bearing a bulging bag of salt, one which, we noted, bore well over a stone's weight of the sparkling mineral, sometimes called the diamond of the sea.

"The first girl will be pleased," said my companion. "Her switching cost him four tarsk-bits."

"She was not recognized as being of the court," I said.

"Of course not," she said. "Even free women are unlikely to strike a girl in the black tunic."

"Surely," I said, "those of the black caste, as others, purchase goods."

"Commonly," she said, "but when they are in the dark habiliments, it is not unknown for merchants, and others, unrequested, to force goods upon them, as gifts."

Pilhagem de Gor – Livro 34 – Páginas 232 / 240

 

Amanhã, então, meu disfarce será de um mendigo cego, que depende de sua escrava guia.

 

Tomorrow then my guise will be that of a blind beggar, depending on his guide slave.

Pilhagem de Gor – Livro 34 – Página 248

 

“Tenha cuidado!” Eu disse. “Meu mestre não é cego. A bandagem que ele vestia é uma farsa! Sua visão é tão aguçada quando a de um tarn! Ele é tão perigoso quanto o larl em época do cio. Ele caça voce. Ele é da casta negra!”

“Eu achei,” disse ele, “que a casta negra poderia estar envolvida. Eles provam ser excelentes agentes, fazendo por merecer seu pagamento.”

. . .

“Ele procura por você,” eu disse. “Ele pretende colocá-lo em perigo, matá-lo. Não fique vadiando por aqui! Corra! Você não está lidando com um homem comum! Ele é da casta negra! Ele é um dos que ascendeu os nove passos de sangue.”

"Beware!" I said. "My master is not blind. The bandage he wore is a hoax! His sight is as keen as that of the tarn! He is as dangerous as the larl in rutting time. He hunts you. He is of the black caste!"

 

"I thought," said he, "the black caste might be involved. They prove to be excellent agents, well worth their pay."

. . .

"He seeks you," I said. "He intends you harm, death. Do not loiter here! Run! He is of the dark caste! You are hunted! Neither dismiss nor ignore this threat! You are not dealing with an ordinary man! He is of the dark caste! He is one who has ascended the nine steps of blood."

Pilhagem de Gor – Livro 34 – Páginas 258 / 259

 

Vinho negro é caro.

As plantas de onde suas sementes são obtidas aparentemente crescem favoravelmente, talvez até mesmo muito mais favoravelmente, nas encostas das Montanhas Thentis, uma áreas sob a jurisdição da montanhosa cidade de Thentis. O comércio de vinho negro é estritamente controlado pelos autodenominados “vinicultores” de Thentis. Por exemplo, é proibido retirar sementes viáveis de vinho negro das plantas da vizinhança de Thentis. E, como poderia se supor, a venda das sementes torradas de onde o vinho negro é preparado é cuidadosamente supervisionada e regulada. Sem dúvida, algum contrabando ocorre. Onde tais plantas são encontradas, ilegitimamente plantadas, ao menos do ponto de vista dos “vinicultores” de Thentis, elas são desenraizadas e destruídas. Da mesma forma, os contrabandistas, se apreendidos, são frequentemente tratados com duramente, com ou empalamento, ou servidão nas minas, pedreiras, ou galés. Esse policiamento é usualmente feito pelos representantes dos “vinicultores” de Thentis, mas algumas vezes a casta dos Assassinos é contratada, que se constitui na coisa mais próxima de uma força policial internacional em Gor, uma força que não está sujeita nem restrições de muralhas, ou fronteiras, ou Home Stones.

Black wine is expensive.

The plants from which its seeds are obtained apparently grow favorably, perhaps even most favorably, on the slopes of the Thentis Mountains, an area under the jurisdiction of the mountain city of Thentis. The trade in black wine is closely controlled by the so-called "vintners" of Thentis. For example, it is forbidden to take viable black-wine seeds or plants from the vicinity of Thentis. And, as one would suppose, the sale of the roasted seeds from which the black wine is brewed is carefully supervised and regulated. Doubtless some smuggling occurs. Where such plants are found, illegitimately planted, at least from the point of view of the Thentis "vintners," they are uprooted and destroyed. Similarly, smugglers, if apprehended, are often dealt with harshly, by impalement, or servitude in the mines, quarries, or galleys. This policing is commonly done by representatives of the "vintners" of Thentis, but it is sometimes hired out to the caste of Assassins, which constitutes the nearest thing to an international police force on Gor, a force subject neither to the constraints of walls, borders, or Home Stones.

Pilhagem de Gor – Livro 34 – Página 404

 

“Não era um Taurentiano,” disse Kurik. “Era um Assassino, um membro da Casta Negra, no uniforme de um Taurentiano. Tyrtaios é o nome dele.”

"It was no Taurentian," said Kurik. "It was an Assassin, a member of the Black Caste, in the uniform of a Taurentian, Tyrtaios, by name."

Pilhagem de Gor – Livro 34 – Página 473

 

À sua direita estava Drusus Andronicus, braços longos, bonito e robusto, em apropriado escarlate, indicando a sua casta, que permanecia elevado na casa, e à sua esquerda, vestido abertamente, descaradamente, sem remorso, na tonalidade da noite, estava Tyrtaios, da casta cujos membros não reconhecem nenhuma Home Stone, a casta dos Assassinos.

On his right was Drusus Andronicus, long-armed, handsome, and stalwart, in suitable scarlet, betokening his caste, who stood high in the house, and, on his left, clad openly, brazenly, unapologetically, in the hues of the night, was Tyrtaios, of the caste whose members acknowledge no Home Stone, the caste of Assassins.

Pilhagem de Gor – Livro 34 – Página 545

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